A Secretaria Estadual de Formação da CUT-SP e a Escola Sindical SP realizaram na última sexta-feira (22) o 21º Encontro Estadual de Formação. A atividade, em formato híbrido, teve o tema “Esperançar: Formação, Organização e Mobilização para as novas formas do mundo do Trabalho”.
Voltado às lideranças das entidades filiadas e militantes da CUT, o encontro contou com 70 participantes e discutiu a organização do Plano Nacional de Formação para o mandato 2023/2027, construído de acordo com os eixos e diretrizes aprovadas no 14º Congresso Nacional da CUT (CONCUT).
“Nossa CUT São Paulo sempre valorizou as ações de formação dos nossos dirigentes. E num momento como esse aqui, a gente observa uma grande mudança de perfil nos quadros políticos dos nossos sindicatos. É uma conjuntura diferente de quando nós criamos, fundamos a Central aqui no estado. Tivemos mudanças profundas na forma de produzir bens e serviços, e na sociedade, onde o início desse século é marcado pelo acirramento entre nós, do campo da esquerda, o campo democrático, com o campo da extrema-direita fascista”, disse o coordenador administrativo da Escola Sindical SP e secretário de Administração e Finanças da CUT-SP, Douglas Izzo.
Sueli Veiga, secretária-adjunta de Formação da CUT, explicou que o encontro estadual faz parte de uma das etapas até a realização do ENAFOR (Encontro Nacional de Formação), previsto para ocorrer na segunda quinzena de abril, na Praia Grande (SP). “Ao longo desses 40 anos, a CUT construiu uma política nacional de formação, que inclui programas como o de Formação de Formadores, Formação e Negociação Coletiva, Formação e Gestão Sindical, dentre vários outros que vêm, a cada Congresso, sendo debatido, aprimorado e atualizado. Em 2023, nós tivemos os congressos estaduais e o Congresso Nacional, quando aprovamos as diretrizes da Política Nacional de Formação da CUT e, agora, estamos num momento pós-congresso, que é na realização do Encontro Nacional de Formação da CUT, onde vamos aprovar ou finalizar o Plano Nacional de Formação da CUT com a participação da rede de formação de todo o Brasil”, explicou.
Os participantes também debateram questões relacionadas ao financiamento solidário da Rede de Formação, fizeram um retrospecto das atividades feitas até o momento e apontaram o calendário formativo de 2024.
De acordo com Douglas, que é professor da rede pública estadual, uma das propostas é incentivar para que as subsedes CUTistas criem coletivos de formação em suas regiões. “É fundamental a gente oferecer formação e fortalecer a intervenção dos nossos dirigentes, sempre se adequando às novas demandas do mundo do trabalho. É importante ter uma ampla rede de formadores no estado de São Paulo, criando coletivos em nossas subsedes para auxiliar os sindicatos”.
Para a secretária de Formação da CUT-SP e coordenadora política pedagógica da Escola SP, Telma Victor, os sindicalistas que passam pelos processos formativos desenvolvem a capacidade de despertar a emancipação política, social e humana dos trabalhadores e trabalhadoras. “As ações formativas da CUT se pautam pela construção coletiva, por meio de trocas de experiências organizativas e de conhecimentos com uma metodologia participativa. O saber adquirido pelos trabalhadores ao longo desse processo contribui para fortalecer as ações de seus sindicatos”, explica a dirigente.